Décimo segundo dia de festival e o último antes da divulgação dos vencedores e da sessão de encerramento. Os escolhidos foram os britânicos Kill List e In the Dark Half. Meat já tinha sido visto durante o período pré-Fantas pelo que podem ler o nosso comentário breve e crítica alargada.
É uma das grandes surpresas do festival e também um dos melhores filmes do ano. Construído de uma forma bastante completa, onde se nota um notável crescendo a todos os níveis, Ben Wheatley surpreende pela sua forma tão segura tanto na realização como no argumento. Não é particularmente inventivo e por vezes nem tão claro como poderíamos esperar, mas não é necessário. Kill List é uma bela obra de arte, tão bem orquestrada logo desde início quando dá espaço para a construção das personagens, num género que mistura thriller policial com terror, que consegue segurar o espectador do início ao fim e ainda proporcionar momentos bastante tensos (note-se a intensa cena do túnel ou a sequência final). A excelente banda sonora (Jim Williams) contribui para aumentar ainda mais a tensão e criar esta atmosfera tão brilhante.
In the Dark Half (2012), de Alastair Siddons
O maior problema do filme é mostrar-se como um filme de temática sobrenatural, mas não oferecer uma verdadeira tensão que deixe o espectador incomodado. Hábil em recriar um ambiente misterioso, especialmente nas cenas da floresta, mas que a narrativa teima em tornar esse mistério em algo bastante previsível, In the Dark Half acaba por resultar melhor enquanto drama, à medida que explora temáticas como o luto, ilusão e depressão. Destaque para a jovem Jessica Barden que depois de Tamara Drewe (2010) e Hanna (2011), continua a demonstrar que é uma pequena revelação e uma actriz com bastante potencial a explorar.
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