segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

New York, I Love You; por Carlos Antunes

http://peliculas.labutaca.net/wp-content/uploads/2009/10/new-york-i-love-you-cartel.jpg

Título original:
New York, I Love You
Realização: Mira Nair, Natalie Portman, Brett Ratner, Joshua Marston, Shekhar Kapur, Wen Jiang, Shunji Iwai, Allen Hughes, Yvan Attal e Fatih Akin
Elenco: Bradley Cooper, Shia LaBeouf, Blake Lively, Natalie Portman, Christina Ricci, Robin Wright Penn, Eva Amurri, Hayden Christensen, Orlando Bloom e Ethan Hawke

New York, I Love You quer mostrar a cidade como um local de magia, encontros, enganos, entedimentos, pluralidade, risos, irritações, descobertas e fantasmagorias.
Uma cidade global, o mundo reduzido a uns quarteirões que nunca dormem e onde tudo é, portanto, possível, não importa em que ponto da cidade se esteja.
Quer mostrar uma cidade onde todas as hipóteses são válidas se nos dispusermos a olhá-las e tomá-las por nós mesmos.

http://www.filmofilia.com/wp-content/uploads/2008/04/shia_labeouf.jpg

O problema de tudo isto é que estas histórias poderiam estar a passar-se em qualquer lugar da América. Pior ainda, em qualquer outra cidade do mundo.
São histórias que em alguns casos até têm alma, mas que numa declaração de amor a uma cidade parecem habitá-la como alienados sem um lugar a que chamar seu.
Que sentido fazem então aqui?
Não fosse pelos interlúdios passados nos táxis nova iorquinos e nem se sentiria que estávamos na cidade.

http://www.collider.com/uploads/imageGallery/New_York_I_Love_You/new_york_i_love_you_movie_image_natalie_portman.jpg

Esses interlúdios são o melhor do filme, com aquela ideia de casualidade e encontro - serendipidade será o termo mais acertado e global - que só Nova Iorque parece ter.
O problema é que os interlúdios não chegam a agregar o restante, pequenos pedaços de ficções dispersos uns dos outros, incapazes de criarem uma outra visão da cidade.
Cada um dos realizadores filmou o que quis, fechando-se sobre a sua própria história, não permitindo que os espaços e a vida se infiltrassem.
Sem esses espaços comuns, como poderiam as histórias tocar-se senão artificialmente?
New York, I Love You tem alguns momentos interessantes, curtas-metragens que por si só poderiam ter interesse, mas é no total um puzzle descuidadamente montado que não nos dá uma imagem final distinguível.



http://blog.digitalcontentproducer.com/briefingroom/wp-content/uploads/2009/03/new-york-i-love-you-title.jpg

4 comentários:

  1. 2.5?
    Eu queria tanto ver este filme(e ainda quero) e tenho as expectativas tão altas...
    É assim tão mau?

    Abraço
    http://nekascw.blogspot.com/

    ResponderEliminar
  2. 2.5?
    Eu queria tanto ver este filme(e ainda quero) e tenho as expectativas tão altas...
    É assim tão mau?

    Abraço
    http://nekascw.blogspot.com/

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  3. I can't understand the whole written here, but is the guys really killed? or it was just an photoshoot?

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  4. This is a photo from the movie "New York, I Love You". It's fiction.

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