Título original: Deus Não Quis
Realização: António Ferreira
Argumento: Miguel Triantafillo
Elenco: Catarina Lacerda, Fernando Delfim Duarte e Armando Ladeira
Deus Não Quis é uma pequena história sem grande desenvolvimento pois a sua essência é a de revelar os dois lados da tradicional música Laurindinha.
Como por um lado o seu sentido de escapismo esconde o seu sentido de manipulação propagandística, de como uma canção que parece inocente pode conter em si um intuito tão perverso relacionado com a Guerra Colonial.
Como por um lado o seu sentido de escapismo esconde o seu sentido de manipulação propagandística, de como uma canção que parece inocente pode conter em si um intuito tão perverso relacionado com a Guerra Colonial.
Esta obra pode não ser um exemplo do que de melhor se faz neste momento, mas demonstra já uma enorme maturidade.
A capacidade do realizador contar a história - simples, é verdade - apenas recorrendo às imagens, como que inspirado pela melhor lógica do cinema mudo é o que de mais assinalável e memorável fica da curta.
O aproveitamento da música e a sua transformação às necessidades e sentimos das várias cenas é também feita de forma muito inteligente.
Há ainda alguns momentos supérfulos, mas que em nada desvalorizam o bom trabalho concretizado com esta obra.
A capacidade do realizador contar a história - simples, é verdade - apenas recorrendo às imagens, como que inspirado pela melhor lógica do cinema mudo é o que de mais assinalável e memorável fica da curta.
O aproveitamento da música e a sua transformação às necessidades e sentimos das várias cenas é também feita de forma muito inteligente.
Há ainda alguns momentos supérfulos, mas que em nada desvalorizam o bom trabalho concretizado com esta obra.
Claro que o mais assinalável de tudo isto é o facto de, em pouco tempo, ser o segundo caso de uma curta metragem portuguesa exibida como complemento a um filme em sala, neste caso O Dia da Saia, depois de o mesmo ter ocorrido com o conjunto Arena e Taking Woodstock. Isto por parte de uma distribuidora que não a Atalanta Filmes que de uma forma relativamente regular o continua a fazer.
É um excelente sinal de divulgação do cinema nacional que será certamente do agrado dos cinéfilos além de ser capaz de criar um novo público para. A ideia central é de que o público apenas pode sair beneficiado por este género de programação.
Esperemos que seja um sinal da generalização dessa mesma programação.
É um excelente sinal de divulgação do cinema nacional que será certamente do agrado dos cinéfilos além de ser capaz de criar um novo público para. A ideia central é de que o público apenas pode sair beneficiado por este género de programação.
Esperemos que seja um sinal da generalização dessa mesma programação.
Deus Não Quis: 3*
ResponderEliminarÉ um filme interessante, mas é apenas bom.