Título original: Buried
Realização: Rodrigo Cortés
Argumento: Chris Sparling
Elenco: Ryan Reynolds, Samantha Mathis (voz), Robert Paterson (voz) e José Luis García Pérez (voz)
Diria que é quase impossível sair desta sessão e não fazer comparações com 127 Horas dado que a mecânica de ambos é a mesma.
Um homem sozinho num espaço extremamente limitado, o que exige que um actor sozinho componha o filme sem acesso a quase nenhum estímulo exterior.
Feita essa comparação a balança começa a tender favoravelmente para Rodrigo Cortés que fez aquilo que censurei a Danny Boyle: ser inflexível com a situação criada.
Cortés não tem um único plano externo ao espaço confinado da sua história e apenas promove um pequeno fluxo de informação através de um telemóvel.
Fluxo de informação cuja tendência é a de reduzir o espaço mental do protagonista e aumentar a tensão que se sente sobre o seu destino.
Apesar disto, o filme de Cortés é mais enérgico e activo, ao mesmo tempo que nos envolve irremediavelmente na situação retratada.
Claro que este se trata de um thriller enquanto 127 Horas é um relato verídico. Mas o thriller aqui é quase uma desculpa para um exercício de claustrofobia e tensão.
Se a história implausível deste filme deveria fazer-nos duvidar e afastarmo-nos automaticamente para uma posição de avaliação distanciada do filme, a sua sucessão de infortúnios bem doseados e melhor manipulados engancha-nos.
Nesta conjugação de factores, admira-se o trabalho de Ryan Reynolds, um actor limitado que não mudou aqui o rumo da sua carreira mas que se pode orgulhar de ter criado um grupo de admiradores esporádicos em torno desta sua performance que tem mais de investimento e expressão física do que emocional.
Isso é, também, aquilo que melhor define este filme, um filme bem executado mas que se tornará importante como filme de culto.
Até porque a escolha do cenário de fundo – um Iraque em processo de pós-Guerra e uma América em crise económico-social – tem intenções críticas de pouca relevância que caiem mal com o espectador.
Fosse este um thriller pelo mero prazer da inventividade (como Hitchcock fez alguns) e a sua influência seria mais generalizada.
Realização: Rodrigo Cortés
Argumento: Chris Sparling
Elenco: Ryan Reynolds, Samantha Mathis (voz), Robert Paterson (voz) e José Luis García Pérez (voz)
Diria que é quase impossível sair desta sessão e não fazer comparações com 127 Horas dado que a mecânica de ambos é a mesma.
Um homem sozinho num espaço extremamente limitado, o que exige que um actor sozinho componha o filme sem acesso a quase nenhum estímulo exterior.
Feita essa comparação a balança começa a tender favoravelmente para Rodrigo Cortés que fez aquilo que censurei a Danny Boyle: ser inflexível com a situação criada.
Cortés não tem um único plano externo ao espaço confinado da sua história e apenas promove um pequeno fluxo de informação através de um telemóvel.
Fluxo de informação cuja tendência é a de reduzir o espaço mental do protagonista e aumentar a tensão que se sente sobre o seu destino.
Apesar disto, o filme de Cortés é mais enérgico e activo, ao mesmo tempo que nos envolve irremediavelmente na situação retratada.
Claro que este se trata de um thriller enquanto 127 Horas é um relato verídico. Mas o thriller aqui é quase uma desculpa para um exercício de claustrofobia e tensão.
Se a história implausível deste filme deveria fazer-nos duvidar e afastarmo-nos automaticamente para uma posição de avaliação distanciada do filme, a sua sucessão de infortúnios bem doseados e melhor manipulados engancha-nos.
Nesta conjugação de factores, admira-se o trabalho de Ryan Reynolds, um actor limitado que não mudou aqui o rumo da sua carreira mas que se pode orgulhar de ter criado um grupo de admiradores esporádicos em torno desta sua performance que tem mais de investimento e expressão física do que emocional.
Isso é, também, aquilo que melhor define este filme, um filme bem executado mas que se tornará importante como filme de culto.
Até porque a escolha do cenário de fundo – um Iraque em processo de pós-Guerra e uma América em crise económico-social – tem intenções críticas de pouca relevância que caiem mal com o espectador.
Fosse este um thriller pelo mero prazer da inventividade (como Hitchcock fez alguns) e a sua influência seria mais generalizada.
Buried foi uma grande surpresa, um filme muito bem filmado, com controle de luz e câmara muito inteligente filmado apenas com 1 actor e 1 cenário.
ResponderEliminarConcordo. Bem melhor que o 127 Hours na concepção do conceito.
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