Título original: What Just Hapenned
Realização: Barry Levinson
Argumento: Art Linson
Elenco: Robert De Niro, Sean Penn, Catherine Keener, Bruce Willis, Stanley Tucci, Robin Wright Penn e Kristen Stewart
Não há o suficiente para criar um mosaico coerente e mordaz, mas tem bons momentos e é, apesar de tudo, um daqueles filmes que não merece passar despercebido.
Hollywood por Hollywood. Faltou-lhe a tal fleuma do realizador do filme dentro do filme para mandar tudo o resto às urtigas!
What Just Hapenned está perto de ser uma daquelas obras seminais sobre a indústria de Hollywood, mas parece ter medo de, nos momentos decisivos, espetar o dedo até ao fundo da ferida.
Com isso perde parte da sua ironia para uma comédia inofensiva que se diria mais própria de Entourage do que de um filme do realizador de Wag the Dog.
Com isso perde parte da sua ironia para uma comédia inofensiva que se diria mais própria de Entourage do que de um filme do realizador de Wag the Dog.
Nesse sentido é possível sentir as interpretações de Bruce Willis e Robert De Niro um pouco apagadas no seio de um filme que brinca mas não fere as verdadeiras personagens que habitam o meio de Hollywood.
A vida privada do protagonista em fundo parece mais um tom apologético de sitcom e contribui para uma certa dispersão.
A vida privada do protagonista em fundo parece mais um tom apologético de sitcom e contribui para uma certa dispersão.
Não que o filme não tenha bastante graça e não pareça acertar em muitos dos pontos sensíveis de uma indústria onde o lucro e a arte estão mais vezes em disputa do que em acordo.
Nesse campo é um Michael Wincott, a dar tudo o que pode numa interpretação secundária mas bem memorável, que luta pela integridade artística do seu filme que cai muito mal com o público.
A sua fleuma britânica cai mal entre a necessidade de dinheiro dos estúdios e o jogo de montagem e remontagem do filme diz bem de como a balança de egos e de poderes se dispõe.
Nesse campo é um Michael Wincott, a dar tudo o que pode numa interpretação secundária mas bem memorável, que luta pela integridade artística do seu filme que cai muito mal com o público.
A sua fleuma britânica cai mal entre a necessidade de dinheiro dos estúdios e o jogo de montagem e remontagem do filme diz bem de como a balança de egos e de poderes se dispõe.
No campo oposto, a caricatural persona de Turturro - mais uma, tornando-se pouco mais do que indistinta - é o desperdício de um talentoso actor e não acrescenta nada ao efeito global pretendido.
Exemplifica, assim, a dicotomia mal mantida do argumento, baseado ele próprio numa narrativa episódica, tentando aglutinar as histórias soltas de uma forma ainda um pouco atabalhoada.
Exemplifica, assim, a dicotomia mal mantida do argumento, baseado ele próprio numa narrativa episódica, tentando aglutinar as histórias soltas de uma forma ainda um pouco atabalhoada.
Não há o suficiente para criar um mosaico coerente e mordaz, mas tem bons momentos e é, apesar de tudo, um daqueles filmes que não merece passar despercebido.
Hollywood por Hollywood. Faltou-lhe a tal fleuma do realizador do filme dentro do filme para mandar tudo o resto às urtigas!
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