Queremos agradecer todos os textos enviados para este passatempo. E dar os parabéns aos vencedores escolhidos e que agora revelamos.
Bruna Vaz Pedro
Uma figura de peso histórico como a de Tolstoi dá-nos um muito agradável filme em que dois casais muito apaixonados (um deles o próprio Tolstoi e a sua mulher Sofia) enfrentam a força das crenças em princípios.
No último ano de vida do autor, a filosofia que ele divulgava e o amor que ele sentia pareciam inconciliáveis.
Como tinha muita importância a luta entre a Condessa Sofia e Vladimir Chertkov, uma espécie de líder religioso e político guiando-se por e tentando guiar Tolstoi, para compreender o legado que o escritor deixava ao mundo, a adição do casal de James McAvoy e Kerry Condon ajuda a dar um tom mais pessoal representativo da luta que ia no coração dele.
E esse casal protagoniza um romance de uma humanidade que permite a identificação do espectador com os seus problemas e um sentimento de leveza que equilibra a força com que Helen Mirren, Christopher Plummer e Paul Giamatti interpretam um drama muito mais profundo.
Um filme riquíssimo nessa combinação de elementos.
Vítor Lopes Claro
A primeira coisa a dizer é que estamos peranto um filme belo que sabe utilizar os cenários naturais e compôr as imagens da força mais luminosa possível.
Os seus actores são todos de excepção, mesmo os mais novos que não esperávamos ver em papéis tão profundos.
Claro que não há maneira de superarem o estilo grandioso que Helen Mirren tem ou uma certa loucura digna de Shakespeare da parte de Christopher Plummer, mas no final é o conjunto que faz o filme melhor e não destaque individuais.
A grande revelação do filme, quanto a mim, passa pelo retrato nada simples do autor no fim da sua vida.
Visto como santo e genial, por vezes parece um tolo manipulável. Amava grandemente a mulher mas também a ideia de si mesmo que queria deixar como legado ao mundo.
Faz pensar na importância que alguns autores têm tão forte fora dos seus livros como dentro. Este foi um deles, de certeza.
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