sábado, 30 de abril de 2011

FESTin 2011: Os vencedores



Decorreu hoje no Cinema São Jorge, a cerimónia de encerramento do FESTin 2011 - Festival de Cinema Itinerante de Lisboa, onde foram anunciados os vencedores do certame desta segunda edição.

Melhor Longa-Metragem
Hortas di Pobreza, de Sara Sousa

Prémio do Público (Longa-Metragem)
Lixo Extraordinário, de Lucy Walker, Karen Harley e João Jardim

Menção Honrosa (Longa-Metragem)
Lixo Extraordinário, de Lucy Walker, Karen Harley e João Jardim

Melhor Curta-Metragem
Contagem, de Gabriel e Maurílio Martins

Menção Honrosa (Curta-Metragem)
Verónica, de António Gonçalves e Ricardo Oliveira
Vidas Deslocadas, de João Marcelo Gomes

Prémio do Público (Curta-Metragem)
Aos Pé, de Zeca Brito

Poster internacional de "Sleeping Beauty"

Sleeping Beauty será o filme que abrirá a competição oficial pela Palma de Ouro em Cannes. Com as expectativas ao rubro, o filme de Julia Leigh recebeu agora um interessante poster internacional destinado ao mercado australiano:



Em Sleeping Beauty, Emily Browning é uma jovem estudante que se aventura no mundo da prostituição e encontra a sua vocação junto de homens com o fetiche por mulheres que dormem durante o actor sexual. Ela droga-se para adormecer e quando acorda não se recorda de nada da noite anterior.

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Invasão Mundial: Batalha Los Angeles, por Carlos Antunes


Título original: Battle: Los Angeles
Realização: Jonathan Liebesman
Argumento:
Christopher Bertolini
Elenco: Aaron Eckhart, Michelle Rodriguez e Bridget Moynahan

Não há muito a dizer sobre Invasão Mundial: Batalha Los Angeles.
Trata-se da perspectiva dos soldados, com tudo o que ela acarreta no cinema - câmara à mão, movimento constante e pretenso realismo - de um Independence Day.
Podia haver modelos piores para o filme, mas a escolha não seria muito alargada.


Nada de novo na Ficção Científica para ver nesta reciclagem que traz os mesmos estra-terrestres octópodes, as naves estacionadas sobre cidades estratégicas um pouco por todo o mundo e o necessário ataque à nave-mãe para abrir brechas nas fileiras dos invasores.
Nada de novo, também, no filme de acção militar, com uma historieta de deconfiança a tornar-se em irmandade que segue modelos antigos. O comando que passa do jovem confiante mas inesperiente para o comandante saído da reforma e que sofre por ter de repetir as escolhas difíceis de antes.
Talvez a única novidade seja a (inesperada) presença de Aaron Eckhart que tem mais qualidade do que aquela que lhe é exigida para fazer o discuro moralizador e sentimental que aparece como momento de fôlego para que o filme retome a escalada do ritmo e não tem relevância dramática.


Além dele, do grupo de militares, só reconhecemos e lembramos (mas é por pouco) Michelle Rodriguez, a preencher a quota feminina e a mostrar que Hollywood não conhece outra mulher aguerrida para aparece no ecrã.
Os outros são soldados/actores funcionais, quer fiquem vivos quer acabem mortos.
A única evidência de pasmar é que o filme consiga ocupar duas horas com tão pouco.



Spartacus já tem nova Naevia


Depois de ter sido anunciado que Lesley-Ann Brandt iria abandonar o elenco de Spartacus, a EW anuncia agora que foi encontrada a nova Naevia.

Cynthia Addai-Robinson irá ocupar o lugar da apaixonada de Crixus, numa nova temporada de 13 episódios intitulada Spartacus: Vengeance, que irá narrar a época em que os gladiadores se escondem nas montanhas e o início da guerra com o exército romano.

O último papel da actriz na TV foi como Debbie na série FlashForward, tendo participado em séries como Numb3rs ou CSI: NY.

Poster da 7.ª temporada de Weeds


Weeds tem agora o seu primeiro poster da nova temporada, que deverá estrear dia 27 de junho. O formato é muito semelhante ao dos outros posters das temporadas anteriores, dando destaque a Mary-Louise Parker.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A Última Noite, por Tiago Ramos



Título original: Last Night (2010)
Realização: Massy Tadjedin
Argumento: Massy Tadjedin
Quando no cinema se explora o Amor e os relacionamentos entre casais, é sempre difícil não cair no marasmo de uma temática já de si explorada em demasia e evitar os típicos lugares-comuns dos dramas amorosos. Daí que quando, de tempos a tempos, nos chegam filmes tão simples mas tão honestos como este A Última Noite há razão para louvores.



A estreia na realização da argumentista Massy Tadjedin é um desses casos raros de equilíbrio nas temáticas recicladas vezes sem conta no cinema. Típico drama de traição e ciúme, características comuns entre relacionamentos, mas partindo desses princípios, subverte a temática de um modo subtil colocando dúvidas tanto às personagens como aos espectadores, que nunca sabem de que lado da balança se devem colocar, quão grande é o sentimento de familiaridade que desperta. Mas mais que isso, o drama explora o campo das possibilidades e as consequências das decisões tomadas. E se pudéssemos voltar atrás? E se tudo se tivesse passado ao contrário? A eterna dúvida entre casais, perfeitamente compreensível, mas que os coloca no limbo da incerteza. E se…?

Entre a traição física e emocional existem diferenças? No meio dos desejos do passado e os do futuro, há diferença entre o que culmina numa traição física e palpável e um apego emocional profundo que nunca chega a ser consumado? As personagens do filme não o demonstram, nem Massy Tadjedin se dá ao trabalho de julgar as suas atitudes. Porque de uma forma ou de outra todos já traíram em acções ou pensamentos, todos nós já nos sentimos tentados ou inseguros. Existe certo ou errado? Em que preciso momento se diferencia o branco do preto? Dúvidas que nos assolam durante o filme, enquanto nos vemos observadores de momentos íntimos das personagens, filmados de uma forma delicada e atenta aos pormenores mais subtis.



O argumento extremamente simples é suficiente já que os magníficos planos falam por si só, fazendo recordar o filme Closer (2004) numa escala mais pequena. A intensidade dos olhares ou a forma como filma Nova Iorque como uma personagem só engrandecem a harmoniosa mise-en-scéne do filme. De destacar a elegância e fragilidade de alguns planos como a transformação que sofre a personagem principal, interpretada por Keira Knightley, quando se veste para reencontrar um antigo namorado ou o plano das suas sandálias no chão enquanto deambula pela casa de meias, como um regresso ao conforto doloroso do seu lar. Apontamentos que fazem o filme. Também a fotografia de Peter Deming (Mulholland Dr.) e a banda sonora original de Clint Mansell (Requiem for a Dream) complementada com outras composições como a “Not at Home” de Peter Broderick são destaques principais.

Também o elenco está bastante bem. Keira Knightley disfarça a sua habitual performance apática entregando um dos seus mais sinceros e interessantes trabalhos dos últimos anos numa interpretação sofrida e contida muito bem complementada pela química criada com o talentoso actor francês Guillaume Canet. Embora Eva Mendes e Sam Worthington sejam de facto o elo mais fraco, ambos mantêm prestações razoáveis.



O clímax da história é destroçador, onde o silêncio diz mais que qualquer diálogo do filme. A Última Noite pode não ser uma obra-prima, mas a sua simplicidade e delicadeza tornam-no numa interessante proposta de cinema.

Classificação:

Poster de "Albert Nobbs", com Glenn Close



Foi hoje revelado um inteligente poster de Albert Nobbs, baseado no conto "The Singular Life of Albert Nobbs", de George Moore e segue a história de uma mulher inglesa que vive em Dublin em 1890 e que é forçada a disfarçar-se de homem para conseguir sobreviver numa sociedade machista e misógina.

O filme será protagonizado pela actriz Glenn Close, que já viveu a mesma personagem no teatro e que escreve agora o argumento em parceria com John Banville. Albert Nobbs está a cargo de Rodrigo García (que trouxe a Portugal o medíocre Passengers e o ainda em exibição Mother and Child).



Desde que foi revelada a primeira imagem da produção de Glenn Close como Albert Nobbs fala-se numa competição de titãs entre a actriz e Meryl Streep (que será Margaret Tatcher no cinema) nos Óscares 2012. Glenn Close conta já com cinco nomeações ao Óscar, mas nunca levou uma estatueta dourada para casa. O elenco de Albert Nobbs é composto ainda por Mia Wasikowska (Alice in Wonderland e Jane Eyre), Jonathan Rhys Meyers (The Tudors), Aaron Johnson (Kick-Ass), Brendan Gleeson (In Bruges), entre outros.

O filme ainda não tem data de estreia definida.

"Les bien-aimés", de Christophe Honoré, será o filme de encerramento do Festival de Cannes 2011



Aquando do anúncio da selecção oficial do Festival de Cannes 2011, uma das ausências mais notadas foi a do novo filme do cineasta francês Christophe Honoré. Mas afinal estará presente no festival e foi convidado a encerrar o festival com o seu Les bien-aimés. A direcção do festival apelidou-o de «um dos mais talentosos e originais jovens cineastas da sua geração em todo o mundo».

Depois de se ter estreado em Cannes com Les chansons d'amour (2007), o cineasta regressa mais uma vez com um musical. Les bien-aimés conta a história de Madeleine que abandona Paris nos anos 60 para se juntar ao seu marido Jaromil em Praga. Mas a chegada dos tanques russos à cidade marca também a sua separação e acaba por voltar para França. Já nos anos 90, Vera, filha de Madeleine, apaixona-se em Londres por Henderson, que se sente incapaz de amar. Mãe e filha cantam à vez no fim do século XX.

Les bien-aimés conta com um elenco de luxo que promete encher a passadeira vermelha da Croisette: Catherine Deneuve (Dancer in the Dark), Ludivine Sagnier (Les Chansons d'Amour), Milos Forman (realizador de Amadeus e Voando Sobre Um Ninho de Cucos), Louis Garrel (Les Chansons d'Amour), Chiara Mastroianni (Les Chansons d'Amour) são os principais actores.

Novo poster internacional de "The Tree of Life", excertos da banda sonora e novas imagens

Foi revelado um poster alemão do filme The Tree of Life que concorre à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2011. O poster é mais tradicional que os seus antecessores e revela ainda uma imagem inédita:



Entretanto, a Amazon colocou em pré-venda a banda sonora do filme, da autoria do francês Alexandre Desplat e disponibilizou breves excertos de todas as faixas do álbum. Poderão ouvi-los aqui. Entretanto, divulgamos algumas das imagens mais recentes do filme e que têm sido reveladas diariamente no tumblr oficial:













The Tree of Life era para estrear no Reino Unido a 4 de Maio, uma prática pouco usual visto que o filme estaria previsto estrear a 16 de Maio no Festival de Cannes. Embora a distribuidora do filme no Reino Unido tenha insistido até ao fim que tal fosse acontecer, sabe-se agora que o filme foi adiado naquele país por tempo indeterminado e que terá a sua antestreia mundial em Cannes. Em Portugal estreia a 26 de Maio.

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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Poster e novas imagens de "Melancholia", de Lars von Trier



Com antestreia marcada para dia 11 de Maio no Festival de Cannes 2011, foi hoje divulgado o sítio oficial do novo filme de Lars von Trier: Melancholia. Alojado em http://www.melancholiathemovie.com/, trouxe a público o primeiro poster do filme, bem como novas e belíssimas imagens que revelam o distanciamento do cineasta dinamarquês do Dogma 95, algo que já se tinha notado especialmente em Antichrist (2009):




















Em Melancholia seguimos o casamento entre Justine (Kirsten Dunst) e Michael (Alexander Skarsgård) e a sua festa na casa da sua irmã (Charlotte Gainsbourg) e cunhado (Kiefer Sutherland). Enquanto isso, o mundo assiste à iminente destruição do planeta Terra, quando um planeta escondido atrás do Sol entra em rota de colisão com o nosso.

Em Portugal, os direitos do filme já foram adquiridos pela Atalanta Filmes, mas não existe ainda data prevista para a sua estreia.

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