Continuamos a destacar algumas das escolhas programadas para o Fantasporto 2011, como forma de ajudar os leitores a programar as suas idas ao festival:
A primeira vez que o francês Luc Besson passou pelo Fantasporto foi com Le Dernier Combat (1983), pelo qual recebeu o prémio de Melhor Filme Fantástico, Melhor Realizador e uma Menção Honrosa do Júri do Público. Agora regressa mais uma vez, trazendo à vida Adèle Blanc-Sec, personagem da banda-desenhada franco-belga de Jacques Tardi. O filme relata as primeiras aventuras da jovem corajosa repórter (e ainda escritora de romances populares que investiga eventos ocultos) em 1912, onde viaja ao Egipto em busca de uma múmia, enquanto que em Paris um pterodáctilo começa a matar pessoas. Este pretende ser o primeiro filme de uma trilogia.
The Tempest (2010), de Julie Taymor
Por onde passou, esta adaptação da aclamada peça homónima de William Shakespeare não causou boa impressão. Esta é a história de Próspero, um mago que é obrigado a exilar-se do país devido a problemas políticos e obrigado a viver numa ilha isolada com a filha Miranda. Próspero tem a seu serviço o escravo Caliban e também Ariel, um espírito que tem a capacidade de se transformar em ar, água ou fogo. Nesta adaptação de Julie Taymor (Frida e Across the Universe), o papel de Próspero é interpretado por uma mulher. Helen Mirren, Felicity Jones, Djimon Hounsou, Russell Brand, Ben Whishaw, entre outros, fazem parte do elenco do filme.
TiMER (2009), de Jac Schaeffer
Uma improvável mas bem-sucedida comédia romântica sobre a invenção de um dispositivo revolucionário, com formato de relógio, que exibe com exactidão um sistema de contagem regressiva até ao dia em que seu dono encontra a sua alma-gémea. O sistema emite ainda um alarme a primeira vez que duas almas-gémeas olham nos olhos um do outro. Mas quando Oona encontra o seu em branco... talvez a sua alma-gémea ainda não esteja inscrita no serviço. Protagonizado por Emma Caulfield (Buffy the Vampire Slayer).
Two Staring Eyes (2010), de Elbert van Strien
Vindo da Holanda, temos um filme que tem semelhanças ao género de terror japonês celebrizado por Ju-on e The Ring e que cria uma atmosfera assustadora e sofisticada. Na história, uma criança de nove anos descobre que a sua nova amiga é um fantasma da irmã gémea da sua mãe. Enquanto isso o seu pai começa a suspeitar que a esposa esconde um terrível segredo. Já está a ser planeado um remake norte-americano deste filme.
Inserido na Semana dos Realizadores, o filme foi o candidato esloveno aos Óscares e vencedor de 15 prémios no Slovene Film Festival. Na história, um inspector da polícia investiga um caso incomum de suicídio. Mas quando essa investigação se transforma numa obsessão, o inspector acaba por começar a viver a vida de outro homem.
Carancho (2010), de Pablo Trapero
Indicado pela Argentina aos Óscares, Carancho é um dos melhores filmes a concurso na Semana dos Realizadores. Fez parte da secção Un Certain Regard do Festival de Cannes e centra-se na história de um advogado, especialista em acidentes rodoviários. Carancho significa abutre, uma metáfora sobre os lobbies entre a máfia de advogados que tenta ganhar dinheiro das seguradoras, explorando as pessoas fragilizadas pela perda de parentes. Na Argentina morrem mais de 8 mil pessoas em acidentes rodoviários, por ano, o que dá uma média de 22 por dia. Na última década morreram 100 mil pessoas. Carancho é protagonizado por Ricardo Darín (El Secreto de Sus Ojos) e Martina Gusman (Lion's Den).
Já vi o TiMER e deixou-me um sabor amargo na boca. Tinha uma ideia interessante e com potencial, e apesar de problemas na forma como utilizam o dispositivo, e/ou na forma como não exploram conceitos, ainda poderia ter resultado bem, mas a partir de determinada altura do filme, achei a direcção seguida simplesmente horrível.
ResponderEliminarOh que pena, até tinha ficado interessado.
ResponderEliminarMas pode ser que gostes. Isto é sempre muito pessoal. Eu fiquei desiludido, mas tem actores decentes e joga com algumas ideias interessantes, apesar de não as desenvolver como penso que deveria ter acontecido.
ResponderEliminarTambém já vi e também não gostei muito. Uma comédia romântica medíocre, como tantas outras. O final é um bocado parvo.
ResponderEliminarO programa do Fantasporto é, no entanto, muito interessante: pode ser que afinal sempre veja mais que um/dois filmes... Claro que o CARANCHO estará na minha to-see list. Parece muito interessante.
Pena, então. A premissa parecia-me bem interessante.
ResponderEliminarJá vi o Carancho há uns meses e gostei bastante, vale a pena.